terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Crenças, sinapses e lapsos



   Segundo o que tenho lido os Católicos, os Muçulmanos, os Maçons e até os Templários citam Jerusalém como a terra Santa. O detalhe mais intrigante é que Católicos e Muçulmanos descrevem Deus de forma muito parecida. Alguns historiadores dizem que inclusive seria o mesmo Deus, tendo em vista os detalhes da biografia de Maomé. Pesquisando na internet encontrei um artigo que elucida as conexões entra Judeus e Maçons e a fundação do Estado de Israel( escrito por um Maçom). 
   O detalhe mais interessante é que Católicos, Muçulmanos, Maçons e Templários se referem ao Templo de Salomão como um lugar Sagrado. Com certeza os templários tinham uma relação administrativa com aquela região do templo de Salomão, por isso citam a Mesquita que havia sido construída por um Emir Árabe como aseu templo. Por isso os templários possuem esse nome, seriam os cavaleiros do templo que estranhamente fariam votos de castidade, pobreza e obediência total a Alta cúpula papal e se dedicariam a dizimar povos que não compartilhassem as crenças cristãs. Se pautavam nos ensinamentos do Antigo Testamento, afinal a Guerra e a submissão do poder pela força tão em voga na Idade Média encontravam maior similaridade nas Duras Sentenças do Antigo Testamento.
    O mais alarmante foi a Cruel Frieza do Papa Urbano II que se fazendo valer de seu poder e de suas ferramentas de persuasão utilizou um pedido de ajuda do Mandatário de Constantinopla pra fortalecer sua triste e obscura Guerra Santa. Obviamente, um estudioso muçulmano e um católico sensato compreenderiam que no cerne de suas crenças a disciplina, o amor ao próximo e o respeito a Deus são a base sólida de suas escrituras. Um homem seja ele católico ou espírita, obviamente reconheceria o valor do Novo Testamento. Uma vez que os ensinamento de Jesus são revolucionários, mostram uma nova forma de conceber Deus e a conexão entre o homem e suas crenças religiosas. 
    Um Ateu pode admirar o discurso da Montanha, a famosa explanação de Jesus sobre aspectos do convívio social sem sentir-se compelido a se tornar um indivíduo crente em dogmas religiosos. Não é preciso se dizer ser um "Servo de Deus" para ser um bom cidadão. O que me espanta é que sempre nos pautamos nas divergências, como se fosse necessário diagnosticar erros carentes de reparação. Estamos na era das conexões, mais importante do que acumular conhecimento é saber discernir os caminhos para sua obtenção e suas sinapses.
     Assim como uma sinapse gera impulsos que transmitem pensamentos através de ondas elétricas e neurotransmissores , precisamos ter como ponto inicial as convergências. Não se trata de ser diplomático ou agir sobre preciosas regras da política Ocidental. Quem sabe esclarecendo detalhes na origem de nossas crenças encontramos similaridades? É tolice esse discurso de Superioridade Ocidental, também existem machistas e fundamentalistas no Ocidente. Há muita sabedoria na filosofia Oriental, encontramos muitas convergência nas obras de Aristóteles e Confúcio. Isso não diminui a existência e a importância das divergência, pelo contrário gera pluralidade. Pluralidade é o que difere uma sociedade livre de uma onde o autoritarismo me impediria de publicar um texto como esse. Mesmo se mantendo um documento numa mesma língua por séculos as interpretações se modificam, divergir sem abandonar as convergências é um caminho racional e uma consequência inevitável que gera conhecimento.

Se for divergir sinta-se em casa.

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