domingo, 14 de julho de 2013

Educação, política e ética



     Essas cotas para viagens que parlamentares e membros do judiciário tanto se beneficiam, são um absurdo. Será que seus salários não suficientemente grandes ao ponto de permitirem que arquem com suas despesas? Só administradores incompetentes e desprovidos de senso ético e moral são capazes de permitir essa verdadeira farra. 
Enquanto educadores não forem realmente respeitados essa realidade vai se perpetuar. Ao contrário do que dizem alguns, não compactuo com a ideia de que educação se constrói exclusivamente em nossos lares. Ética se estuda na escola, filosofia devíamos estudar na escolas,assim como sociologia.
Quanto aos conservadores nostálgicos que tanta saudade sentem da Ditadura Militar, peço que se questionem sobre a necessidade da lei da Anistia. Por que somos o único país onde crimes graves sequem sem investigação? Comissão da Verdade "homeopática"? Como pode essa investigação ser realmente significativa sendo executada em um intervalo de tempo tão reduzido?
      Igualdade de direitos, democracia madura? Somos tão acomodados, perpetuamos tanto essa diplomacia do jeitinho, que tanto parece ser a "irmã mais velha da lei de Gerson". A democracia tem seus custos, com certeza a alienação e a negligência nada contribuem na construção de um país justo e desenvolvido.
      Parafraseando o que disse o jornalista Juremir Machado: ninguém quer viver em Cuba! Me considero socialista e não conheço nenhum modelo melhor do que a democracia. O povo precisa ter voz, ter direito de participar mais, fiscalizar nossos legisladores, cobrar que seus anseios sejam realmente levados a sério. Acho que chegou a hora, precisamos mudar nossa política em vez de fecharmos os olhos e procurarmos nos concentrar apenas na satisfação de nossas metas pessoais.
Precisamos mudar, avaliar o quanto o abandono dos cidadãos de bem tem prejudicado a nossa política e consequentemente o nosso país.

    

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Manifestantes, Estado, Teatro e o estado do transporte público

         Após mais um dia de mobilização de estudantes e movimentos sociais que repudiam o aumento das passagens e suas nefastas decorrências na vida dos mais humildes, a rebeldia e o "suposto" vandalismo dos manifestantes parece ocupar mais espaço na mídia do que a causa dos protestos.
       
        Façamos um exercício de reflexão sobre a realidade vivenciada em nossa sociedade. Nosso transporte público há muito tempo está sendo comandado por empresas que se beneficiam dos lucros acumulados através da prestação desse serviço. Essas empresas constantemente reclamam que os custos inerentes ao transporte público acabam diminuindo consideravelmente seus lucros. Chegamos assim a um ponto paradoxal, uma vez que todo ano surgem inúmeras oportunidades de investimento nessa área por meio de licitações. Algumas dessas empresas chegam a assumir linhas de transporte em diversos Estados do país, o que com certeza ocasiona um aumento significativo de suas receitas.

         Entretanto esses problemas se mostram ainda mais profundos, tendo em vista que o Governo Federal no começo do ano sancionou uma lei que diminuiria o imposto cobrado da iniciativa privada que atua diretamente no transporte público. Ainda assim se faz necessário o aumento das passagens? Em contrapartida ao aumento das passagens, temos linhas cujos ônibus demoram horas pra passar, veículos velhos em atividade e uma série de problemas que afetam o cotidiano de quem mais utiliza esse tipo de transporte: estudantes e trabalhadores de menor poder aquisitivo.

           Muito nesse texto já foi dito sobre o Estado e a realidade do transporte público, como isso se relaciona com o Teatro? Meus amigos, teatro é o que tem feito nossos governantes durante seus mandatos  e vésperas de eleições. E qual espetáculo seria mais pujante do que o farfalhar da mídia que insiste em chamar manifestantes de terroristas e estudantes de moleques inconsequentes? 

          A cada ato opressor do Estado que faz uso de sua força policial pra sufocar a democracia, e grito reacionário em pomposo de parte da mídia que parece carregar  um resquício ditatorial intrínseco em suas palavras, morre um pouco da esperança no futuro de um Brasil mais justo. Esperança essa que só renasce na força desse povo cansado de injustiça e demagogia que protesta a plenos pulmões e mostra que a democracia abrange  muito mais do que um simples voto.

Vinícius Antunes